O Faraó da história de José (gn
37.28 e seg.) foi um dos primitivos Reis Hicsos, ou reis pastores. Sabemos muitas
particularidades a respeito deste soberano, mas não o seu nome. Ele reinou
cerca do ano 1700 a.c.
O
fato de ele repentinamente elevar o hebreu José a um lugar próximo do
seu, mostra-nos o seu absoluto poder, que ele pôde exercer em benefício do seu
favorito ministro e da família deste. a opressão não principiou na vida
de José, mas foi efetuada por um faraó pertencente a uma dinastia que ‘não
conhecera a José’ (êx 1.8).
um deus adorado pelos hicsos;
acima a coroa de uma princesa
desse povo.
Ahmés, (nebpehti-re) – 1550-1525 a.c.em 1550 a.c. Ahmés derrotou os hicsos e fundou a 18ª dinastia, tendo ocupado a palestina até charuhen (palestina meridional). há também fontes históricas da época que referem vitórias de ahmés sobre os fenehu (fenícios). Ahmés também reconquistou a núbia (que se tinha tornado independente no terceiro período intermediário) até à primeira catarata. A referência bíblica encontra respaldo também na descoberta arqueológica de que o Rei Ahmose foi o monarca que expulsou os hicsos em 1570ac. os Hicsos foram uma linhagem semítica de conquistadores asiáticos que assumiram o controle do país desde a 13ª dinastia. com a expulsão destes, Ahmose fundou a 18ª dinastia, da qual pertence hatshepsut.
Foi ele quem mudou
drasticamente o tratamento respeitoso então dispensado aos judeus. essa
alteração no comportamento dos egípcios confere com êx. 1: 8-11, onde o novo faraó que não
conhecera José estimulou a desconfiança do seu povo em relação a Israel, que
passou a ser qualificado como invasor e uma ameaça à segurança nacional”.
Vamos aprender mais
sobre os Hicsos?
“De improviso, estrangeiros de uma raça
desconhecida, vindos do oriente, invadiram nosso país” — foi assim que Manetho, sacerdote
egípcio que escreveu uma história do Egito no início do século III a.C., se
referiu aos hicsos, homens bronzeados de espessa barba negra. Ele diz ainda que Apophis (c. 1585 a 1542 a.C.) reinava em Avaris e o país inteiro lhe
pagava tributos.
Está
provado que os soberanos estrangeiros assumiram o poder no Egito por volta de
1640 a.C. Considerando-se a situação política do país naquela época, essa
façanha audaciosa não deve ter sido muito difícil. Contando com um número suficiente
de guerreiros bem equipados e, provavelmente, já utilizando carros de combate
puxados por cavalos e ocupados por arqueiros, seria possível a um comandante
militar competente penetrar a qualquer momento no país a partir do delta
oriental do Nilo e marchar em direção a Mênfis, apoderando-se das insígnias da
realeza.
O Papiro Real de Turim designa os reis da XV
dinastia (c. 1640 a 1532 a.C.) por seus títulos reais egípcios, mas também como héqa khasout. Esse termo
significa rei dos países
estrangeiros e dele se
derivou o termo grego hyksos da tradição posterior. Tal
terminologia os egípcios já utilizavam antes da invasão dos hicsos para
denominar os chefes das tribos da Ásia Anterior. Além de usarem os carros,
prática que os egípcios ignoravam, e os cavalos, animais que os egípcios
raramente tinham visto, embora os burros fossem abundantes no Egito, suas armas
de bronze eram melhores e mais facilmente manejáveis do que as empregadas no
vale do Nilo. Embora sendo guerreiros fogosos, bem armados e bem vestidos, os
invasores não eram selvagens e tinham um código moral bem evoluído e um
sentimento de honra bastante elevado.
Os hicsos já vinham se infiltrando e se estabelecendo no Egito há
muito tempo. Eram os mesmos que haviam penetrado a leste do delta do Nilo no
final da XI dinastia (c. 1991 a.C.), três séculos e meio antes, e que haviam
sido expulsos por Amenemhet I (1991 a 1962 a.C.) no começo da XII dinastia. Mas
agora retornavam com mais força, concentrando-se em Avaris. Pertenciam a
diversas raças. Alguns eram sírios, outros beduínos árabes e a maior parte
havia vivido durante séculos no limite meridional da Palestina e a leste do
delta egípcio. É provável que alguns dentre eles tenham sido os ancestrais da
nação judia. Muitos de seus chefes eram xeques de tribos do deserto, como o
foram Abraão e Jacob, proprietários de grandes rebanhos de carneiros e de gado
que chegaram até o Egito em busca de pastagens. As descobertas arqueológicas
demonstram que um pouco mais tarde, durante a XIII dinastia (c. 1783 até depois
de 1640 a.C.), um grande número de asiáticos entrou no Egito e se estabeleceu
às margens do delta oriental até as proximidades de Heliópolis. Ali eles
conservaram perfeitamente sua identidade cultural. Foi dentre essa população
que os comandantes recrutaram seus soldados.
Os soberanos hicsos da XV dinastia se mostravam egipcianizados, ou
seja, procuraram absorver os usos e costumes egípcios. Eles usurparam
monumentos que encontraram ao chegarem, gravando neles seus nomes, uma prática
também adotada pelos verdadeiros faraós egípcios. Mostraram, também, uma grande
predileção pelos escaravelhos, ou seja, essas pequenas peças de pedra na forma
do inseto que serviam como selos e como amuletos. Formaram seus nomes reais
seguindo a sistemática egípcia e, ao contrário do que Hatshepsut (c. 1473 a
1458 a.C.) afirmou quando mais tarde procurou difamar os soberanos
estrangeiros, de nenhuma maneira menosprezaram o nome divino de Rá. A tomada do
poder pelos estrangeiros quase nada mudou na vida do povo, já acostumado a
pagar tributos aos faraós, aos templos e à administração. Se considerarmos que
nessa época cessaram as grandes obras arquitetônicas e diminuiram as expedições
em busca de ouro e pedras preciosas, aqueles que participavam de tais
atividades a contra gosto provavelmente se sentiram melhor naquele momento do
que na era de prosperidade anterior.
Após a submissão oficial do Egito, selada com o coroamento do hicso
Salitis em Mênfis, nada mudou muito na administração do país. As verdadeiras
cidades-Estado do Baixo Egito, governadas por mandatários locais, permaneceram
na mesma situação. Os responsáveis eram agora em grande parte asiáticos que
tinham a confiança do poder central. Esse conjunto de reizinhos formou a XVI
dinastia que governou paralelamente com a XV. Como a esfera de influência dos
hicsos se estendia até o sul da Palestina, eles não estabeleceram a capital em
Mênfis, mas preferiram a cidade de Avaris, muito bem situada do ponto de vista
estratégico entre o Egito e o istmo de Suez.
Enquanto isso, um território relativamente grande, entre Cusae ao
norte e Elefantina ao sul, era administrado por príncipes tebanos, os quais, em
última análise, eram os sucessores da XIII dinastia que haviam sido
encurralados na direção do sul. Eles formaram a XVII dinastia (c. 1640 a 1550
a.C.). Surpreendentemente toda uma linhagem desses príncipes, ligados por laços
de parentesco ou através de matrimônios às famílias dirigentes do Alto Egito,
conseguiram manter o poder em Tebas, embora também tivessem que pagar tributos
aos invasores. Após mais ou menos um século de domínio hicso, esta XVII
dinastia tebana suscitou um movimento de revolta contra os reis de Avaris que,
embora bem adaptados, não passavam de estrangeiros.
O faraó Kamósis (c. 1555 a 1550 a.C.)
rebelou-se definitivamente contra a situação que dividia o Egito entre ele e o
rei hicso Apophis, ao qual tinha que pagar tributos. Ele deve ter empurrado o
inimigo para o norte, até o delta nilótico. Entretanto, a praça bem fortificada
de Avaris, habilmente construída perto de um braço do Nilo em seu delta, não
foi conquistada. A morte prematura de Kamósis teve por conseqüência a subida ao
trono de seu irmão mais moço, Nebpehtire Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.), que
acabou por finalmente expulsar completamente os hicsos do Egito, ainda que isso
lhe tenha consumido cerca de dez anos. Por ter unificado novamente o país,
Manetho colocou-o como iniciador de uma nova dinastia, a XVIII (c. 1550 a 1307
a.C.), que principiou uma nova era, o Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.).
http://iadrn.blogspot.com.br/2012/02/os-faraos-da-biblia.html
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